Tivemos o privilegio de Sair na pagina Principal na Alemanha.
Ab dem Nachmittag verwandelte sich der Marktplatz in eine Rockabilly-Zone: Frauen und Männer wirbelten zu Rock’n’Roll über das Pflaster. Foto: Ostermann, Olaf (oo)
Rheinberg Zum dritten Mal führte das Stadtfest zurück in die gute alte Wirtschaftswunderzeit. Zwei Tage lang atmeten die Besucher den Zeitgeist der 1950er Jahre. Der Marktplatz verwandelte sich dafür in eine Rockabilly-Zone.
Kjell é o guitarrista de jump blues e rock n ' Roll. O discípulo de 17 anos descobriu o seu amor pela música quando ouviu a música dos Beatles pela primeira vez; um interruptor se
Ele tem estado a passar por uma década e já pode olhar para uma carreira atribulada: Depois de ter sido o menino neunjähriger pela primeira vez como um maravilhoso, juntamente com o guitarrista de blues canadense Frank Cosentino, ele aproveitou todas as oportunidades para uma apresentação. De Stadtfesten locais sobre uma aparição na " semana de kiel ", a vários fernsehauftritten (" isso!" no ndr e o " Clube de pensões necessário " no lindissimo). Com o tempo, ele entrou em vários gêneros de gênero: Blues, Rockabilly, folk, punk, jazz,... Neste último, ele ganhou recentemente, juntamente com um pianista, a rodada do país da competição "Juventude jazzt"; ele pode, assim, chamar-se de um dos dois melhores jazz de jazz de schleswig-Holstein - também um dos melhores do país.
Quando ele combina as suas diferentes influências com a sua energia energética, um dos fogos de artifício de Rock 'N' roll garantido é garantido.
O Psychobilly está sempre se desenvolvendo, as cenas locais sempre crescendo e trazendo novas pessoas, por isso vamos fazer um texto mais despretensioso e simples direcionado para este pessoal que está chegando neste maravilhoso estilo de vida (se você é truezão, aguarde sua vez que eu já falo com você).
Psychobilly: Como explicar o que é para uma pessoa "comum" Psychobilly: Os subgêneros Psychobilly: O Power Psychobilly, ou "Powerpsycho"
Em clima de Psychocarnival, festival que recebe psychos e não-psychos de todo o Brasil, vamos tentar ajudar aqueles que estão chegando agora para se juntar a nós explicando um pouquinho por onde começar e para começar do começo, precisamos entender de onde vem essa doideira.
Uma forma mais simplificada de dizer é que este gênero é a junção do Punk com o Rockabilly. Portanto as influencias do estilo vem bem de lá de longe, agregando todo o Rockabilly e passando pelas bandas de garagem dos 60's, Hasil Adkins, Chuck Berry, Johnny Burnette, Johnny Cash, Dick Dale, Little Richard, MC5, The Ventures, Screamin' Jay Hawkins. Tudo isso e mais um pouco somado ao punk setentista.
Diz a lenda que a primeira vez que se tem noticia do uso do termo "psychobilly" foi em 1976 na parte falada da música “One Piece At A Time,” do Johnny Cash. Esta música contava a história de um funcionário da GM que ia roubando peça por peça da fabrica para montar o seu "cadillac psycho-billy":
"Ugh! Yow, RED RYDER This is the COTTON MOUTH In the PSYCHO-BILLY CADILLAC Come on"
Mas neste caso o sentido da palavra era outro, o termo Psychobilly como gênero musical nasceu com a banda The Cramps, que em seus primórdios usavam esta palavra (entre outras como "rockabilly voodoo") em seus cartazes de shows para chamar a atenção do publico.
O The Cramps foi definitivamente o pontapé inicial no estilo, banda formada em 1976 pelo casal Lux Interior e Poison Ivy que exerce grande influencia no psychobilly ate hoje tanto na música quanto visual, atitude e performance.
Lux e Ivy eram aficionados colecionadores de Rockabilly mas viviam numa época de ouro do punk rock, isto foi crucial para criar aquele estilo único que eles tinham totalmente diferente das outras bandas da época. A ideia de tocar um rockabilly mais rápido, barulhento e psicótico com letras bem humoradas falando sobre historias de horror e sci-fi, de filmes trash e sexo pervertido acabou dando muito certo.
O primeiro disco do Cramps, o EP Gravest Hits foi gravado em 1979 e já contem todas as características do grupo, mostrando a junção perfeita como café com leite de punk com rockabilly (falaremos sobre ele outro dia).
Com o tempo, este estilo musical (assim como todos os outros) vem se alterando e se reinventando, variando desde bandas mais leves, influenciadas pelo rockabilly (como o Ricochets) ate bandas mais pesadas (como o Mad Mongols).
Por esse motivo, o The Cramps nunca se identificou como uma banda de psychobilly, sempre afirmando que este termo não tem nada a ver com a definição da música que eles faziam.
Em certa ocasião Poison Ivy respondeu em uma entrevista:
"I think psychobilly has evolved into a gamut of things... It seems to involve upright bass and playing songs extremely fast. That's certainly not what we do." tradução livre: "Eu acho que psychobilly evoluiu para uma gama de coisas... Parece envolver rabecão e tocar músicas extremamente rápido. Isso certamente não é o que fazemos"
Músicas barulhentas e aceleradas, letras debochadas e bem sacadas, show enérgico e performático, visual meio steampunk. Todas essas características bem presentes neste gênero que tanto amamos nos revelaram o Cramps como os primeiros "psychobillys" (eles querendo ou não)
mas...
...como eles desprezaram este filho bastardo, passamos para aquela banda que não só se orgulha de ter dado oficialmente inicio ao estilo como também faz questão ser reconhecida como a única que toca o verdadeiro e puro psychobilly: The Meteors!
Enquanto nas metrópoles americanas o punk rock fervia, do outro lado do oceano havia uma cena de revival do rockabilly com excelentes bandas como Stray Cats, The Polecats, Restless, Crazy Cavan, The Jets entre muitos outros. Foi neste clima que o menino P. Paul Fenech criou a banda The Meteors.
A ideia foi quase que a mesma dos Cramps, mas enquanto o Cramps tocava o rockabilly de uma forma mais agressiva e garageira, o Meteors tocava um punk encharcado de rockabilly.
O disco de estreia da banda, In Heaven, de 1981 foi o primeiro álbum de psychobilly propriamente dito, com todas as características do gênero que usamos até hoje. Músicas como "Maniac" e "The Crazed" são ótimos exemplos de como essa ideia de misturar o punk com o rockabilly tomou um peso e característica diferente. Essas músicas, com seu andamento rápido, sonoridade distinta e temas falando sobre loucura, filme B e perversão, poderiam ate ter sido feitas nos dias de hoje pois anda soam atuais.
É indicado dar uma olhada no disco inteiro, pois foi aqui que tudo realmente começou e é por isso que estamos aqui agora, este álbum é uma das melhores referencias para quem esta chegando no psychobilly.
Mas claro que não se resume só a isso, bandas como: Reverend Horton Heat, Klingonz, Demented are Go, The Quakes, Mad Sin, Batmobile, Los Gatos Locos, Skitzo, Torment, Guanabatz, Frantic Flintstones, Frenzy e Nekromantix (citando algumas poucas) constituem nossa discoteca básica e indispensável.
Hoje em dia o psychobilly esta bem mais agressivo e mais "billy", diria até que no momento atual seria algo como a junção de Stray Cats com Motorhead e se o psychobilly fosse uma pessoa, provavelmente seria o Reverend Horton Heat (lembrando que este texto é sobre música não sobre moda).
Para finalizar, a melhor forma de se iniciar em qualquer estilo musical, principalmente no psychobilly é através das coletâneas, onde podemos ter contato tanto com as bandas boas e as ruins, as leves e as pesadas, as nacionais e gringas e assim formarmos o nosso gosto musical.
Stomping At The Klub Foot, Rockabilly Psychosis And The Garage Disease, Gods of Psychobilly, The Best of Fury Psychobilly e Psycho Attack Over Europe são bons exemplos coletâneas gringas. No Brasil temos a Psychorrendo com nossas bandas nacionais pioneiras e a Psycozidos com bandas da nova geração.
Quanto ao psychobilly aqui no Brasil vai ficar para outras conversas (este site é justamente pra isso) mas a melhor forma de começar é pelo livro do Marcio Tadeu - Terapia com Sequela, lançado o ano passado e também com o vídeo abaixo, o documentário Psycho Attack Brasil de 2007.
Aos poucos vou retomando aos trabalhos para tentar manter a história do meu pai viva e com isso um pouco da história no Rock no Brasil.
A medida que vamos ficando mais velhos nos tornamos mais saudosistas e com uma preocupação enorme em deixar informações para as gerações que vão surgindo.
Este ano vai completar 20 anos que o Eddy Teddy se foi e ainda sinto uma enorme dor da perda, perdi um grande pai, um amigo e também meu maior ídolo. Um cara que me apresentou as raízes do Rock e tinha prazer de compartilhar tudo que tinha com os amigos.
Em 2017 pretendo organizar alguma coisa para reunir os amigos e todos que ainda carregam esta bandeira e um pouco do Eddy.
Se tinha alguma coisa que ele curtia era fazer festa: EDDY ESSA VAI SER PRA VOCê!
Gravação Rarissima do Rockterapia feita no programa de rádio Record Runner no dia 03/04/92, participação do músico André Christovam. Jam com a música do Coke Luxe, Sonho de pobre
Em 1979, Eddy Teddy (pioneiro da cena rockabilly no Brasil) e Wilian Baroni (mais conhecido como Velho), iniciavam no quintal de casa a “Feira de Discos”, evento mensal que reunia amigos para trocar discos e informações de rock & roll. Nessa época era praticamente impossível encontrar discos ou qualquer coisa relacionada ao rock no país, então a “Feirinha” como era carinhosamente conhecida, era uma maneira de reunir os colecionadores espalhados por todos os cantos. De lá para cá muita coisa mudou, principalmente o acesso a informação criando cada vez mais facilidades que antigamente eram impossíveis de se imaginar.
Com esse mesmo propósito que resolvemos dar continuidade a este projeto e criar no Facebook um espaço para colecionadores, fabricantes, lojistas e apreciadores de rock & roll espalhados pelo mundo para um intercambio cultural na Collectors Rock Fair. Se você coleciona discos, livros, revistas, vídeos e jornais ou apenas aprecia rock ou procura algum artigo do gênero CURTA a página e divulgue seus produtos, temos a certeza que encontrará aqui alguém querendo negociar com você.
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By 1979, Eddy Teddy (a pioneer in brazilian rockabilly scene) and Wilian Baroni (a.k.a. Velho), started the “Records Fair” at their own backyard. A monthy event that gathered friends to trade records and share information about roc´k & roll. At that time it was barely impossible to find albums or anything else related to rock in the country, so that the “Feirinha” (as it´s lovely known), was a way to unite the collectors spread everywhere. Since than, many thing have changed, mainly the access to information, creating even more facilities that in the past were impossible to figure out.
With this same purpose we decided to continue this project and create a “place” in Facebook to collectors, producers, merchants and addicts to rock & roll, spread around the world, to a cultural interchange in Collectors Rock Fair. If you collect albums, books, magazines, videos and newspapers or just love rock or search for something related, give it a “LIKE” and promote your products. We are sure that you´ll find someone here to deal with you.
Aqui esta uma versão nervosa para Baby Please Don´t Go com o Rockterapia que ganhou o nome de “Baby Assim não Vou”.
Essa era uma daquelas músicas que a galera entrava em transe durante o show e a pista vinha a baixo.
O Rockterapia certamente foi uma das bandas mais nervosas que o Eddy Teddy já teve, onde passaram músicos excelente, como Nuno Mindelis e Emerson Villani s. A proposta era resgatar as origens do Rock & Roll e o Rhythm and Blues.
Foi uma pensa não ter existido um disco oficial, apenas muitas gravações ao vivo e alguma coisa em estudio. Que sabe alguém um dia não se interessa em gravar o som dos caras que certamente faz parte da história do rock nacional.
O trio de “vintage rock ‘n roll” e rockabilly Old Chevy de Campinas, interior de São Paulo, desembarca na Europa em 2019 comemorando seus 9 anos de carreira em uma turnê que deverá passar por dezenas de cidades da Bélgica, Holanda e Luxemburgo em 2 meses.
Após um ano extremamente prolífero em 2018, com o lançamento do CD tributo Heritage no começo do ano, um DVD ao vivo comemorando 8 anos de estrada disponibilizado gratuitamente no Youtube e apresentações nos concorridos Brasília Moto Week e Passos Motorcycles, totalizando mais de 120 shows, a banda recebeu o convite para realizar 2 turnês na Europa – em maio e julho de 2019.
Neste final de ano a Old Chevy apresentará seu já tradicional especial de natal durante o mês de dezembro e encerra a tour 2018 numa festa de réveillon em uma conceituada casa de Ribeirão Preto, já retornando para a turnê 2019 imediatamente, sem férias.
A banda encontra-se em período de composição e a expectativa é que no começo de 2019 ocorra a gravação do primeiro CD full length autoral para ser apresentado na turnê europeia. As datas da turnê europeia serão anunciadas em breve, mas já estão agendados para: 9 de maio a 2 de junho e 4 de julho a 4 de agosto.
No último domingo, veio a público que Richard Monsour, o lendário guitarrista considerado o pai da surf music, mais conhecido por seu nome artístico Dick Dale, morreu aos 81 anos, em 16 de março de 2019.
Para a Surf Music, Dick Dale é o princípio de tudo e influenciador de gerações de músicos até os dias de hoje. Filho de pai libanês e mãe polonesa, criou um novo estilo musical ao traduzir o som das ondas do mar com a guitarra e introduzir no rock as linhas melódicas e escalas orientais, provindas de sua ascendência árabe.
O INÍCIO DE SUA CARREIRA
Iniciou sua carreira nos anos 50 tocando informalmente, mas atraía tanta gente para assistir suas performances nas praias de Balboa, que chamou a atenção de ninguém menos que Leo Fender, sim, o criador das guitarras mais famosas do mundo, que decidiu pedir para que Dale experimentasse um modelo que acabara de criar: a Stratocaster!
O músico simplesmente virou-a ao contrário e tirou um som nunca ouvido antes. Não contente, ainda criou um novo tipo de transformador, inventando assim o primeiro amplificador para guitarras capaz de atingir nada menos que 180 watts, batizado como Dual Showman.
Após vencer um concurso de covers de Elvis Presleyem 1956, Dick Dale passou a dedicar-se profissionalmente à música – que até então vinha sendo uma diversão, mesmo ele tocando piano desde os 9 anos de idade e revelando-se um gênio criativo e inovador – e gravou em 1962 seu primeiro álbum, Surfer’s Choice, pelo selo Capitol Records.
Dick, alcançou projeção no cinema através da trilha sonora do filme A Swinging Affair, de Gunter Collins, de 1963, onde aparece acompanhado de sua banda, The Del Tones, executando Misirlou.
Dick Dale and The Del Tones em cena do filme “A Swinging Affair”
Mesmo com o grande sucesso, a mania da Surf Music é rapidamente engolida pela Invasão Britânica, e Dick Dale entra em um hiato a partir de 1965, após um diagnóstico de câncer. Porém, volta a trabalhar em 1993, agora com a banda Psychefunkapus e, em 1994, Quentin Tarantino utiliza Misirlou como tema do seu filme Pulp Fiction, colocando o músico e sua versão ímpar para este clássico novamente nas paradas de sucesso.
A HISTÓRIA POR TRÁS DA CANÇÃO
Mas você conhece a história por trás desta canção? Apesar de sua interpretação virtuosa, brilhante e que ficará para sempre na história da música, é um erro afirmar que Misirlou é de autoria de Dick Dale, conforme alguns veículos têm informado.
Misirlou é uma canção de amor grega datada de 1927, composta por Michalis Patrinos, no estilo Rebetiko – gênero específico de música popular grega da região de Smyrna – com o ritmo Tshiftitelli. Minhas companheiras de dança irão entender bem essa palavra exótica, porém, familiar, mas que é estranha para quem a lê pela primeira vez.
É um ritmo de compasso 8/4 (sim, um pouco diferente para ouvidos acostumados à música ocidental), executado de forma lenta, de origem grega, que foi incorporado também à música árabe. A primeira gravação de Misirliu da qual se tem conhecimento aconteceu na Grécia, em torno de 1930.
Interpretação de Misirlou em estilo Rebetiko. Encontrei esta versão em alguns locais no Youtube e arquivos, como sendo original de 1927, porém eu não posso afirmar se é uma versão remasterizada ou uma reprodução.
Misirlou significa “garota egípcia” em grego. É uma palavra de origem árabe, Misr = Egito, e sua letra original traz em si elementos comuns às canções românticas árabes, como enaltecer a beleza dessa mulher que encanta com sua magia, fazendo referências ao brilho de seus olhos, ao negro da noite, diferente do Rebetiko tradicional, que traz uma questão mais social em suas letras.
Em 1931, Patrinos viaja a Nova York para uma nova gravação com Titos Dimiadris. Em 1941, o músico Greco-Americano Nikos Roubanis simplesmente registrou Misirlou como se fosse composição sua. Devido a isso, até hoje encontramos os créditos variando entre Michalis Patrinos e Nikos Roubanis. Na realidade, Roubanis apenas gravou com um novo arranjo, mas mesmo assim no ocidente é reconhecido como seu compositor.
Ainda há relatos que afirmam que a composição original sequer seja de Patrinos, e sim de um músico anônimo que passou pelo conjunto de Rebetiko, a deixou pronta e ficou por isso mesmo, tendo Patrinos apenas se preocupado em realizar suas gravações, sem sequer reivindicar autoria.
Arranjo de Nikos Roubanis para Misirlou, datada de 1941
Ainda nos anos 40, Misirlou ganha uma versão árabe pelo maestro Clovis el-Hajj, que recebeu o nome Ya Amal (Minha Esperança) e uma letra em inglês por Milton Leeds, Bob Russel e Fred Wise, compositores em evidência na época, e prossegue sendo interpretada e gravada por artistas dos mais diversos gêneros. Entre muitos músicos que gravaram com essa nova letra, temos uma interpretação do Chubby Checkerde 1962, vale a pena conferir!
Chegamos enfim ao ano de 1962, quando voltamos ao início de nossa matéria e Dick Dale reinventa e imortaliza Misirlou, que ganha também uma versão dos Beach Boys no ano seguinte, antes da queda da Surf Music, dando aqui uma de Tarantino e brincando com a ordem cronológica dos fatos! E, revisando, Dale e Misirlou são relembrados por ele através do hoje amplamente cultuado Pulp Fiction, de 1994.
O curioso é que, para quem assistiu ao filme é muito óbvio, mas Misirlou toca durante os primeiros créditos, após a cena do restaurante, e volta e meia me deparo com alguém associando a música à cena do concurso de dança, na qual rola, na verdade, You Never Can Tell, de Chuck Berry.
Fato deve se dar por serem dois ícones tão fortes que fica quase impossível não associar, mesmo sendo pontos distintos do filme. Ou talvez pelo dom que o eterno motherfucker tem de entrelaçar cada detalhe, mas deixemos mais sobre Quentin Tarantino para uma próxima!
Tema do Filme Pulp Fiction e créditos de abertura
Mais um equívoco que localizei recentemente sobre Misirlou e que me vejo no dever de corrigir antes de encerrar esta foi “Ele compôs a música do Black Eyed Peas”. Primeira parte totalmente destrinchada, vamos à segunda: O Black Eyed Peas não regravou Misirlou, após o sucesso em Pulp Fiction eles samplearamalguns trechos e utilizaram em Pump It.
Em 2004, Misirlou é selecionada pelo Comitê Olímpico como uma das mais influentes músicas gregas de todos os tempos e é interpretada por Anna Vissi na cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Athenas.
Anna Vissi na Cerimônia de Encerramento das Olimpíadas de Athenas, 2004
Como disse no título, iríamos falar sobre Misirlou, um clássico ainda hoje interpretado por tantos artistas que se torna impossível enumerar todos, porém não devemos nos esquecer do legado deixado por Dick Dale, que usou a sua Stratocaster “The Beast” e o Dual-Showman até seus últimos dias, e, mesmo durante os anos em recesso, teve lançadas coletâneas, foi nomeado para um Grammy e Induzido ao Surfing International Hall of Fame.
Sua discografia conta com 9 álbuns de estúdio, 3 ao vivo oficiais, 14 singles, com trabalhos autorais que fizeram dele uma referência para gerações de guitarristas, que vão de Jimi Hendrix a quem ainda está chegando. Então, Hendrix, acho que ainda se ouvirá muito Surf Music sim, mas outra nave partiu daqui rumo à terceira rocha do Sol!